quarta-feira, 6 de abril de 2011

SUPER SEXY


Eles começaram assim, como quem não quer nada, em 2003. Um grupo de amigos com humor escrachado se juntou pra fazer músicas sobre Paris Hilton, o amigo Bezzi e bebidas. Aos poucos foram ganhando notoriedade no circuito alternativo de São Paulo, impulsionados pelas performances da vocalista Lovefoxxx e as músicas bem produzidas pelo Adriano Cintra, o único com experiência na area musical, pois acumulava vários projetos ao mesmo tempo (The Butcher's Orchestra, Ultrasom, Verafisher, I Love Miami, Caxabaxa, etc.) além de trabalhar como sound designer numa produtora. Com um nome divertido e a explosão do electro, não demorou para que Adriano, Lovefoxxx, Luiza, Ana e Carolina se sobressaísem no meio do marasmo das produções Nacionais. O nome, aliás, veio de uma declaração da Beyoncé, na qual ela dizia que estava "cansada de ser sexy". Estava assim batizada a banda como Cansei de Ser Sexy. Em 2005 conseguiram assinar contrato com a Trama para lançar o primeiro disco e a primeira gig internacinal veio na sequência. O resto é história. Como diz Adriano: "A gente estava no lugar certo na hora certa e rolou". Foram destaque nos principais festivais do planeta, saíram nas melhores publicações e arrecadaram milhões de fãs. Tanto que no Lollapalooza do Chile, que aconteceu semana passada, o palco reservado para eles ficou pequeno pra quantidade de público que queria vê-los, chegando a causar tumulto na entrada do espaço. Agora, depois de 3 anos desde o último trabalho de estudio, o CSS (como é chamado na gringa) estão prestes a lançar o terceiro álbum -que deve sair no segundo semestre desse ano- e fazem um show nesta quinta, 07/04, no Clash Club, em SP, para mostrar algumas músicas inéditas que fazem parte desse disco e uma penca de hits. É uma ótima oportunidade de ver uma das bandas nacionais que mais fizeram sucesso fora do Brasil, e que, por conta da carreira internacional, quase não toca por aqui. Eu bati um papo rápido com o Adriano sobre o sucesso e o álbum novo, e você confere as respostas aí embaixo. Pra acompanhar o que eles andam aprontando, clique aqui


Shhh! - O primeiro disco tinha um humor escrachado, o segundo é um pouco mais contido. As palhaçadas continuam no terceiro álbum, ou rola uma pressão de ser uma "banda séria"?

Adriano - Não sei, nunca pensamos nisso. O segundo disco é muito diferente do primeiro porque fizemos ele durante a turnê, estávamos tocando muito e foi natural fazermos um disco mais "banda". Esse terceiro disco está mais solto, sem nenhuma preocupação dos arranjos soarem como banda. A palhaçada sempre está aqui, a gente adora ver a Xuxa dublada no youtube falando pajubá, a Ione no shopping...


S - Vocês apareceram em plena onda electro, e talvez tenham sido rotulados assim. Como você descreveria o som do CSS hoje em dia?

A - Não tem como descrever. A gente quer fazer um reggae, a gente faz. Quer fazer um eletro, a gente faz. Um punk, faz. Não somos uma banda temática... Nosso som é como uma discotecagem de festa, toca de tudo, desde um bate cabelo bem poc até um rock bem grunge.


S - Vocês ja colaboraram com vários artistas bacanas. Tem alguma colaboração especial nesse novo trabalho?

A - Sim, chamamos o Cody Critcheloe da "banda" Ssion para fazer um vocal. Chamamos o Mike Garson, pianista dos anos 70 do David Bowie para fazer um piano. A gente foi chamando, tipo o Justin Timberlake nem tchuns, Justin, seu uó. Tem uma colaboração nossa com o Ratatat... E mais algumas coisas que são surpresa, o disco só sai em agosto e não podemos contar tudo agora.


S - Quais as vantagens da fama internacional que o CSS conquistou? Você acha importante fazer sucesso fora do Brasil?

A - Pra mim foi muito natural fazer sucesso fora. A gente trabalhou muito, teve muita sorte, estava no lugar certo na hora certa e rolou. Não sei se é IMPORTANTE fazer sucesso fora, mas é muito bom. Nos EUA, Europa, Japão e Austrália, onde fazemos mais sucesso, as coisas são mais profissionais, é tudo mais fácil. Toda nossa base é fora, nosso empresário é americano, nosso publisher é inglês. Nossa equipe é toda americana agora, tirando nosso roadie que é um brasileirinho lindo que a gente levou na primeira turnê e hoje em dia ele trabalha pra Amy Winehouse e Florence and the Machine.


S - O que podemos esperar do show de quinta no Clash?

A - Vamos tocar umas sete músicas novas, além de várias antigas. Não vemos a hora de tocar para nossos fãs brasileiros, estamos muito em falta com eles, esse tempo todo fora sem show aqui foi uó.


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